sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Super SMASH Bros.

Jogo clássico do Nitendo 64 para jogar em qualquer PC!!
*Obs: Para jogar só é necessario clicar, porque o emulador está embutido!
Recomendo x749



Tamanho: 17MB

Ziggy TV Pro


Ziggy TV Pro irá transformar o seu computador em um mundo de entretenimento em vídeo. Com a ajuda do "Ziggy TV Pro", você pode ver on-line mais de 3000 estações de rádio e TV via streaming, incluindo as transmissões esportivas, programas de TV online, filmes, canais adultos, canais musicais, bem como ter uma oportunidade de jogar jogos em flash, que são atualizados a cada dia. Também recomendo ;P!!

Tamanho: 15.38MB


FaceFilter Studio 2


FaceFilter é uma ferramenta muito útil que permite adicionar ou modificar emoções e características do rosto das pessoas, através de suas fotos digitais. Com ela, você pode manipular fotos de amigos, familiares, pessoas famosas ou de quem você desejar, para alterar ou “brincar” com suas características faciais, para deixá-las mais divertidas ou bonitas, por exemplo.

FaceFilter Xpress conta com uma variedade de efeitos brilhantes, que deixam a tarefa de manipular fotos muito mais simples, rápida e acessível, até para quem não tem a mínima noção de edição. É apenas seguir a seqüência interativa do programa, para formar uma série expressões diferentes. Recomendo ;)

Tamanho: 16.06MB



quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Deep Blue


Deep Blue é um site q fala de coisas
diferentes e novas, como; Jethro Tull,
MEUS PREMIOS NICK 2009, Angra e etc.
Recomendo o blog pois lá também exis-
tem pensamentos bonitos,estranhos e
sinceros ;)recomento o blog,se gosta-
rem deste( ou n :P) com certeza vão
gostar de Deep Blue^^

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Drake e Josh


Drake e Josh é uma série de dois meio irmãos atrapalhados com personalidades super diferentes, que, foram obrigados a viver juntos pois seus pais se casaram quando eles tinham 15 anos e já eram colegas de escola. A garotinha do meio é Megan, a irmã pestinha de Drake (o de jaqueta azul e vermelha)que vive acruzinando os dois por que...
...são seus irmãos mais velhos...
Josh é excelente na escola e adora mágica , ele é arrastado pelo seu meio irmão Drake para suas encrencas e coisas erradas.
Drake toca guitarra, tem uma banda de rock e também já teve mais de 557 namoradas.
Ele tem uma banda de verdade e já gravou varios discos.Drake & Josh passa na tv globinho ao 12:00 e também na Nick ás 22:00 horas ;).

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Animaux...


Queria sua participação no concurso
Animaux, que é um concurso de bele-
za para animaizinhos, se vc quiser par-
ticipar com seu bichinho, basta man-
dar o "endereço da imagem"(por exemplo:http://catedral.weblog.com
.pt/arquivo/gato-11.jpg) da foto do
seu bichinho como nome dele em um
comentário nesse post.Obrigada pela
sua participação, qualquer bicho pode
entrar, e vai ganhar um troféu virtu-
al em 1º,2º e 3º lugar.

Até dia 9 de novembro, Participe!

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Custe O que Custar S2

CQC

Um dos melhores programas de humor do mundo! Inventado na Argentina e com uma versão diferente em cada país.
Vocês estão vendo esse careca do meio?(claro né :P)Ele é o professor Tiburcio, do Castelo Ratimbum talvez tenham visto
um dos dois.
CQC passa todo Segunda-feira ás 22:15 é super :) vejam, tem muitos quadros como "Top Five", "Proteste Já", "CQTeste", "Palaras Cruzadas" e etc.
Os apresentadores são Marcelo Tais, o careca, Marco Luque, o sem barba, e o Rafinha Bastos,o com barba, entre outros repórteres como Oscar Filho, Rafael Cortez, Danilo Gentili, Felipe Andreoli, Monica Iozzi.
=D
MeLHOR mONTAGEM DEL mUNDO XD

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Titulo Atrasado -.-'

Vixe o titulo tá atrasado! Preciso fazer outo banner, tá tudo meio bagunçado, então ajeitarei o mais rápido possível, comentem os posts! ^^
Curtam umas imagens q eu achei no meu pc, acho que são do "FotoComedia.com"




Árvores foram gastadas para fazer essa porta, e outras para eu postar isso aqui. xD

Coitado do bicho.

"Fastival" gastaram dinheiro pra fazer esse banner.(Que bela cultura)

xD Ligue: 3386.8595 Fogos do BATATA.

xP o que que ela tava fazendo lá em cima?





Lulu Teen

Apesar de eu nem ler a luluzinha antiga e todos acharem que a autora de luluzinha ter copiado da TURMA da Monica Jovem eu descobri que não, pois a aurora DE lulu já tinha a ideia de fazer eles jovens(mas n mangá) antes da turma da Monica, mas ela achou que n seria uma boa ideia, e depois que seu filho(ou filha sei lá) q a Turma da Monica Jovem deu certo(como mangá)ela autorizou produtores brasileiros a fazerem a revista e a única coisa q ela tirou da Turma da Monica foi o estilo mangá.
E,eu n tenho muita certeza pois eu nunca li direito(n era da época ;p) mas acho que o estilo de desenho foi mudado por causa dos novos produtores brasileiros q mudaram até o típico estilo meio francês dos personagens(Marjorie Henderson Buell, a criadora, era Canadense e pode ter sido influenciada pelos costumes franceses q há no Canadá.) :D DDD

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Camérion

Há muito tempo numa cidade francesa chamada Bordeaux, haviam três pequenas garotinhas: Tomeaux, Caroline e Amélia, que a propósito viviam ambas com suas avós.Pierre, pai de Caroline, era um grande mercador que vivia viajando pelo país e até para o exterior, deixando assim, sua filha com uma maitré. Já o pai de Tomeaux, era um cultivador de algodão, ele vivia vendendo o algodão, e , como uma das maiores fontes de tecidos e linha, ele era muito ocupado e rico, também deixando sua filha com uma maitré.E o pai de Amélia, Fiero, era um grande pianista, muito rico, que sempre viajava, para tocar para reis be pessoas grandes.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Salve uma vida

"Adote um filhote

Por Lucilia

Eu estou dando para adoçao esta gatinha, ela se chama gigi. Tem aproximadamente 2 meses é bem bricalhona e carinhosa. Preciso que ela seja adotada pois ja possuo um gato de 10 anos que não ta aceitando ela.Ele está sem comer e ele tem problema renal. Ele não pode ficar sem se alimentar. Gostaria muito que ela fosse adotada por uma pessoa que ame gatos como eu. Pode entrar em contato por e-mail ou celular "

Postado dia 17/08/09 por Lucilia

Área Pernambuco
Recife
Tipo de Anúncio Particular Oferta
Tipo de Animal Gatos
Raça Mixed breed
Idade 2
 

Como você pode ver essa pobre gatinha tem problema no rim. Como essa garota, quero muito que seja adotada, ela tem pouco tempo de vida e precisa de tratamento.

Pense como você pode ajudar a salvar uma vida...

Caso esteja interessado entre no site:

http://adotar-doar-filhote.vivastreet.com.br/adocao-animais+recife/adote-um-filhote/17447019

quinta-feira, 25 de junho de 2009


Até adultas as noivas ainda amam a Hello Kitty e levam o marido para o buraco negro-rosa junto com elas.
Pois é agora tem até aliança da Hello Kitty daqui a pouco vai ter até motor de carro com a cara da gatinha!
A única diferença das alianças é que a do homem o desenho é dentro e a da mulher fora!(será que eh prata?)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Cd Isa Tkm


Chegou o novo cd da novela "Isa TKM"!
A novela não tão recente no Brasil ganhou seu primeiro cd de trilha sonora da 1ª temporada e já está disponivel as lojas do Brasil.
Talvez para cada temporada tenha um cd!
Para quem não conhece a novela não sabe o que está perdendo! A novela fala de uma garota de 14 anos chamada Isabela Pasquali com sua melhor amiga chamada Linda Luna ela vive se metendo em confusão até conhecer Alex que por ele se apaixona pela primeira vez!

Luluzinha Teen e sua Turma

Sim, é uma copiação total de Turma da Mônica Jovem, e sim, a revista é do Brasil mas Luluzinha ("Little Lulu" no original) é dos Estados Unidos.
Marjorie Henderson Buell (A criadora) autorizou alguns desenhistas brasileiros do desenho animado para fazerem a revisita. Porque como ela disse, a turma é mais famoso na América do Sul do que na do Norte.

A revista estreia em 5 de julho pela PixelMedia, e... Em estilo mangá -_-'
Essa boa noticia foi o meu irmão mais velho Thiago que viu em uma propaganda de rua (Veja o bolológ dele =P)
Daqui a pouco vai ter "Mafalda", "Calvin e Haroldo"... Ou até "Chaves do oito oito anos depois" =P

Arthur Braga (O irmão da menina que tem esse blog, sim eu tenho preguiça de fazer um blog pra mim xP)

terça-feira, 16 de junho de 2009

Kitty News

Olá! Aqui nos(eu e a kitty) abrimos nosso primeiro Kitty News onde a gatinha mais famosa de todos os paises inclusive no Texas, dá uma ou outra noticia.

1ªNoticia-Maternidade da Hello Kitty

Olá como eh duro ser famosa! Ontem eu estava
passando pela China quando vi uma maternidade
com a minha cara imagina só! A caminha rosa a toalha só
faltou o telefone ;P

Que aventalzinho fofo!Imagina uma certidão de nasci-
mento escrito: Maternidade-Hello Kitty!
Fica na Taiwan na China! Deve ser lotado hein!


2ªNoticia-Carro da Kitty


Olha que lindo o meu carro! Pois é chegou o novo Mitsubishi "Princess Kitty"! Apesar do formato estranho

parece confortavel.
Feito no Japão o carro deve custar uma furtuna!







Previsão do tempo:
Aqui a previsão do tempo




E esse eh o final de Kitty News nã perca o proximo e até mais!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Sua pesquisa: Guerra do Contestado

Guerra do Contestado
A História da Guerra do Contestado, causas da revolta, monge José Maria, início dos conflitos e o fim da Guerra

foto da Guerra do Contestado
Rebeldes armados que participaram da Guerra do Contestado
(fonte: Museu Paranaense)

A Guerra do Contestado

A região denominada "Contestado" abrangia cerca de 40.000 Km2 entre os atuais estados de Santa Catarina e Paraná, disputada por ambos, uma vez que até o início deste século a fronteira não havia sido demarcada. As cidades desta região foram palco de um dos mais importantes movimentos sociais do país.

A formação da Região

A região do interior de Santa Catarina e Paraná desenvolveu-se muito lentamente a partir do século XVIII, como rota de tropeiros que partiam do Rio Grande do Sul em direção à São Paulo.
No século XIX algumas poucas cidades haviam se desenvolvido, principalmente por grupos provenientes do Rio Grande, após a Guerra dos Farrapos, dando origem a uma sociedade baseada no latifúndio, no apadrinhamento e na violência. Após a Proclamação da República, com a maior autonomia dos estados, desenvolveu-se o coronelismo, cada cidade possuía seu chefe local, grande proprietário, que utilizava-se de jagunços e agregados para manter e ampliar seus "currais eleitorais", influenciando a vida política estadual. Havia ainda as disputas entre os coronéis, envolvendo as disputas por terras ou pelo controle político no estado.
Em 1908 a empresa norte americana Brazil Railway Company recebeu do governo federal uma faixa de terra de 30Km de largura, cortando os 4 estados do sul do país, para a construção de uma ferrovia que ligaria o Rio Grande do Sul a São Paulo e ao mesmo tempo, a outra empresa coligada passaria a explorar e comercializar a madeira da região, com o direito de revender as terras desapropriadas ao longo da ferrovia.

A Situação Social

Enquanto os latifundiários e as empresas norte americanas passaram a controlar a economia local, formou-se uma camada composta por trabalhadores braçais, caracterizada pela extrema pobreza, agravada ainda mais com o final da construção da ferrovia em 1910, elevando o nível de desemprego e de marginalidade social. Essa camada prendia-se cada vez mais ao mandonismo dos coronéis e da rígida estrutura fundiária, que não alimentava nenhuma perspectiva de alteração da situação vigente. Esses elementos, somados a ignorância, determinaram o desenvolvimento de grande religiosidade, misticismo e messianismo.

O Messianismo na Região

Os movimentos messiânicos são aqueles que se apegam a um líder religioso ou espiritual, um messias, que passa a ser considerado "aquele que guia em direção à salvação". Os "líderes messiânicos" conquistam prestígio dando conselhos, ajudando necessitados e curando doentes, sem nenhuma pretensão material, identificando-se do ponto de vista sócio econômico com as camadas populares. Na região sul, a ação dos "monges" caracterizou o messianismo, sendo que o mais importante foi o monge João Maria, que teve importante presença no final do século passado, época da Revolução Federalista (1893-95).


O monge João Maria


Durante muitos anos apareceram e desapareceram diversos "monges", confundidos com o próprio João Maria. Em 1912 surgiu na cidade de Campos Novos, no interior de Santa Catarina, o monge José Maria. Aconselhando e curando doentes a fama do â??mongeâ?? cresceu, a ponto de receber a proteção de um dos mais importantes coronéis da região, Francisco de Almeida. Vivendo em terras do coronel, o monge recebia a visita de dezenas de pessoas diariamente, provenientes de diversas cidades do interior. Proteger o monge passou a ser sinal de prestígio político, por isso, a transferência de José Maria para a cidade de Taquaruçu, em terras do coronel Henrique de Almeida, agudizou as disputas políticas na região, levando seu adversário, o coronel Francisco de Albuquerque, a alertar as autoridades estaduais sobre o desenvolvimento de uma "comunidade de fanáticos" na região.
Durante sua estada em Taquaruçu, José Maria organizou uma comunidade denominada "Quadro Santo", liderada por um grupo chamado "Os Doze pares de França", numa alusão à cavalaria de Carlos Magno na Idade Média, e posteriormente fundou a "Monarquia Celestial".


Caboclos armados


O Confronto (1912-16)

Ao iniciar a Segunda década do século, o país era governado pelo Marechal Hermes da Fonseca, responsável pela "Política das Salvações", caracterizada pelas intervenções político-militares em diversos estados do país, pretendendo eliminar seus adversários políticos. Além da postura autoritária e repressiva do Estado, encontramos outros elementos contrários ao messianismo, como os interesses locais dos coronéis e a postura da Igreja Católica no sentido de combater os líderes "fanáticos".
O primeiro conflito armado ocorreu na região de Irani, ao sul de Palmas, quando foi morto José Maria, apesar de as tropas estaduais terem sido derrotadas pelos caboclos. Os seguidores do monge, incluindo alguns fazendeiros reorganizaram o "Quadro Santo" e a Monarquia Celestial; acreditavam que o líder ressuscitaria e o misticismo expandiu-se com grande rapidez. Os caboclos condenavam a república, associando-a ao poder dos coronéis e ao poder da Brazil Railway.


Grupo de soldados federais


No final de 1913 um novo ataque foi realizado, contando com tropas federais e estaduais que, derrotadas, deixaram para trás armas e munição. Em fevereiro do ano seguinte, mais de 700 soldados atacaram o arraial de Taquaruçu, matando dezenas de pessoas. De março a maio outras expedições foram realizadas, porém sem sucesso.
A organização das Irmandades continuou a se desenvolver e os sertanejos passaram a Ter uma atitude mais ofensiva. Sua principal líder era uma jovem de 15 anos, Maria Rosa, que dizia receber ordens de José Maria. Em 1° de setembro foi lançado o Manifesto Monarquista e a partir de então iniciou-se a "Guerra Santa", caracterizada por saques e invasões de propriedades e por um discurso que vinculava pobreza e exploração à República.
A partir de dezembro de 1914 iniciou-se o ataque final, comandado pelo General Setembrino de Carvalho, mandado do Rio de Janeiro a frente das tropas federais, ampliada por soldados do Paraná e de Santa Catarina. O cerco à região de Santa Maria determinou grande mortalidade causada pela fome e pela epidemia de tifo, forçando parte dos sertanejos a renderem-se, sendo que os redutos "monarquistas" foram sucessivamente arrasados.
O último líder do â??Contestadoâ??, Deodato Manuel Ramos foi preso e condenado a 30 anos de prisão, tendo morrido em uma tentativa de fuga.

As fotos foram retiradas do livro "O CONTESTADO" de Eduardo José Afonso, Editora Ática, Coleção Guerras e Revoluções Brasileiras.
Depois de 4 anos de perseguições e de grande mortalidade, o movimento da região do Contestado foi desfeito, a fronteira entre os estados foi demarcada e consolidou-se o poder dos latifundiários no interior.


Introdução

A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual. Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Parará e Santa Catarina.

Causas da Guerra

A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo. Para a construção da estrada de ferro, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Este fato, gerou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.

Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.

O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra. Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.

Participação do monge José Maria

Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria. Este pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.

Os conflitos

Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses. O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.

Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas. Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.

O fim da Guerra

A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.

Conclusão

A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos tratavam as questões sociais no início da República. Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre. Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar.

Preliminares: o poder dos monges

Para entender-se bem a guerra sertaneja , é preciso voltar um pouco no tempo e resgatar o valor da figura de três monges da região. O primeiro monge que galgou fama foi João Maria, um homem de origem italiana, que peregrinou pregando e atendendo doentes de 1844 a 1870. Fazia questão de viver uma vida extremamente humilde, e sua ética e forma de viver arrebanhou milhares de crentes, reforçando o messianismo coletivo. Sublinhe-se, porém, que não exerceu influência direta nos acontecimentos da Guerra do Contestado que ocorreria posteriormente. João Maria morreu em 1870, em Sorocaba, Estado de São Paulo.

O segundo monge adotou o codinome (alcunha) de José Maria[1], mas seu verdadeiro nome era Atanás Marcaf, provavelmente de origem síria. Aparece publicamente com a Revolução Federalista de 1893, mostrando uma postura firme e uma posição messiânica. Sobre sua situação política, dizia ele "estou do lado dos que sofrem". Chegou, inclusive, a fazer previsões sobre os fatos políticos da sua época. Atuava na região entre os rios Iguaçu e Uruguai. É de destacar a sua influência inquestionável sobre os crentes, a ponto de estes esperarem a sua volta através da ressurreição, após seu desaparecimento em 1908.

As entrelinhas do que estava por vir estavam se amarrando entre si. A espera dos fiéis acaba em 1912, quando apareceu publicamente a figura do terceiro monge. Este era conhecido inicialmente como um curandeiro de ervas, tendo se apresentado com o nome de José Maria de Santo Agostinho, ainda que, de acordo com um laudo da polícia da Vila de Palmas, Estado do Paraná, ele fosse, na verdade, um soldado desertor condenado por estupro, de nome Miguel Lucena de Boaventura.

Como ninguém conhecia ao certo a sua origem, como aparentava uma vida reta e honesta, não lhe foi difícil granjear em pouco tempo a admiração e a confiança do povo. Um dos fatos que lhe granjearam fama foi a presunção de ter ressuscitado uma jovem (provavelmente apenas vítima de catalepsia patológica). Supostamente também recobrou a saúde da esposa do coronel Francisco de Almeida, acometida de uma doença incurável. Com este episódio, o monge ganha ainda mais fama e credibilidade ao rejeitar terras e uma grande quantidade de ouro que o coronel, agradecido, lhe queria oferecer.

A partir daí, José Maria passa a ser considerado santo: um homem que veio à terra apenas para curar e tratar os doentes e necessitados. Metódico e organizado, estava muito longe do perfil dos curandeiros vulgares. Sabia ler e escrever e anotava em seus cadernos as propriedades medicinais das plantas encontradas na região. Com o consentimento do coronel Almeida, montou no rancho de um dos capatazes o que chamou de farmácia do povo, onde fazia o depósito de ervas medicinais que utilizava no atendimento diário, até horas tardias da noite, a quem quer que

Os confrontos se iniciam

Madeira, uma das riquezas exploradas nas margens da ferrovia do Contestado

Após a conclusão das obras do trecho catarinense da estrada de ferro São Paulo-Rio Grande, a companhia Brazil Railway Company, que recebeu do governo 15 km de cada lado da ferrovia [2] iniciou a desapropriação de 6.696 km² de terras (equivalentes a 276.694 alqueires) [2] ocupadas já há muito tempo por posseiros que viviam na região entre o Paraná e Santa Catarina. O governo brasileiro, ao firmar o contrato com a Brazil Railway Company, declarou a área como devoluta, ou seja, como se ninguém ocupasse aquelas terras [3]. "A área total assim obtida deveria ser escolhida e demarcada, sem levar em conta sesmarias nem posses, dentro de uma zona de trinta quilômetros, ou seja, quinze para cada lado". [4]. Isso, e até mesmo a própria outorga da concessão feita à Brazil Railway Company, contrariava a chamada Lei de Terras de 1850 [4]. Não obstante, o governo do Paraná reconheceu os direitos da ferrovia; atuou na questão, como advogado da Brazil Railway, Affonso Camargo, então vice-presidente do Estado [5].

Esses camponeses que viram o direito às terras que ocupavam ser usurpado [5] , e os trabalhadores que foram demitidos pela companhia (1910), decidiram então ouvir a voz do monge José Maria, sob o comando do qual organizaram uma comunidade. Resultando infrutíferas quaisquer tentativas de retomada das terras - que foram declaradas "terras devolutas" pelo governo brasileiro no contrato firmado com a ferrovia [3] - cada vez mais passou-se a contestar a legalidade da desapropriação. Uniram-se ao grupo diversos fazendeiros que, por conta da concessão, estavam perdendo terras para o grupo de Farquhar, bem como para os coronéis manda-chuvas da região.

A união destas pessoas em torno de um ideal, levou a organização do grupo armado, com funções distribuídas entre si. O messianismo adquiria corpo. A vida era comunitária, com locais de culto e procissões, denominados redutos. Tudo pertencia a todos. O comércio convencional foi abolido, sendo apenas permitidas trocas. Segundo as pregações do líder, o mundo não duraria mais 1000 anos e o paraíso estava próximo. Ninguém deveria ter medo de morrer porque ressuscitaria após o combate final. É de destacar a importância atribuída às mulheres nesta sociedade. A virgindade era particularmente valorizada.

Bandeira da "Monarquia Celestial". Branca com uma cruz verde, evoca os estandartes das antigas ordens monástico militares como as dos templários, por exemplo.

O "santo monge" João Maria rebelou-se, então, contra a recém formada república brasileira e decidiu dar status de governo independente à comunidade que comandava. Para ele, a República era a "lei do diabo". Nomeou "Imperador do Brasil" um fazendeiro analfabeto, nomeou a comunidade de "Quadro Santo" e criou uma guarda de honra constituída por 24 cavaleiros que intitulou de "Doze Pares de França", numa alusão à cavalaria de Carlos Magno na Idade Média.

Os camponeses uniram-se a este, fundando alguns povoados, cada qual com seu santo. Cada povoado seria como uma "Monarquia Celeste", com ordem própria, à semelhança do que Antônio Conselheiro fizera em Canudos.

Convidado a participar da festa do Senhor do Bom Jesus, na localidade deTaquaruçu (município de Curitibanos), o monge vai acompanhado de cerca de 300 fiéis, e lá permanece por várias semanas, atendendo aos doentes e prescrevendo remédios.

Desconfiado com o que acontecia, e com medo de perder o mando da situação local em Curitibanos, o coronel Francisco de Albuquerque, rival do coronel Almeida, enviou um telegrama para a capital do Estado pedindo auxílio contra "rebeldes que proclamaram a monarquia em Taquaruçu"'.

Primeiras mortes

Placa no Museu do Contestado, em Caçador -SC- Brasil.

O governo brasileiro, então comandado pelo Marechal Hermes da Fonseca, responsável pela "Política das Salvações", caracterizada por intervenções político-militares que em diversos Estados do país pretendiam eliminar seus adversários políticos, sentiu indícios de insurreição neste movimento e decidiu reprimi-lo, enviando tropas para "acalmar" os ânimos.

Antevendo o que estava por vir, José Maria parte imediatamente para a localidade de Irani com todo o seu carente séquito. A localidade nesta época pertencia a Palmas, cidade que estava na jurisdição do Paraná, e que tinha com Santa Catarina questões jurídicas não resolvidas por conta de divisas territoriais, e acabou vendo nessa grande movimentação uma estratégia de ocupação daquelas terras.

A guerra do Contestado inicia-se neste ponto: em defesa de suas terras, várias tropas do Regimento de Segurança do Paraná são enviadas para o local, a fim de obrigar os invasores a voltar para Santa Catarina. Estamos em outubro de 1912.

Mas as coisas ocorrem bem diferente do planejado. Tem início um confronto sangrento entre tropas do governo e fiéis do Contestado no lugar chamado "Banhado Grande". Ao término da luta, estão sem vida dezenas de pessoas, de ambos os lados. Morreram no confronto o capitão João Gualberto, que comandava as tropas, e também o monge José Maria, mas os partidários do contestado tinham conseguido a sua primeira vitória.

José Maria é enterrado com tábuas pelos seus fiéis, a fim de facilitar a sua ressurreição, já que os caboclos acreditavam que este ressuscitaria acompanhado de um Exército Encantado, vulgarmente chamado de Exército de São Sebastião, que os ajudaria a fortalecer a Monarquia Celeste e a derrubar a República, que cada vez mais acreditava-se ser um instrumento do diabo, dominado pelas figuras dos coronéis.

Mais confrontos, ataques e contra-ataques

Em 8 de fevereiro de 1914, numa ação conjunta de Santa Catarina, Paraná e governo federal, foi enviado a Taquaruçu um efetivo de 700 soldados, apoiados por peças de artilharia e metralhadoras. Estes logram êxito na empreitada, incendeiam completamente o acampamento dos jagunços, mas sem muitas perdas humanas, já que os caboclos e fiéis da causa do Contestado se refugiaram em Caraguatá, local de difícil acesso e onde já viviam cerca de 20.000 pessoas.

Os fiéis que mudaram para Caraguatá, interior do atual município de Lebon Régis, eram chefiadas por Maria Rosa, uma jovem com 15 anos de idade, considerada pelos historiadores como uma Joana D'Arc do sertão, já que "combatia montada em um cavalo branco com arreios forrados de veludo, vestida de branco, com flores nos cabelos e no fuzil". Após a morte de José Maria, Maria Rosa afirmava receber, espiritualmente, ordens do mesmo, o que a fez assumir a liderança espiritual e militar de todos os revoltosos, então cerca de 6.000 homens.

De março a maio outras expedições foram realizadas, porém todas sem sucesso. Em 9 de março de 1914, embaladas pela vitória de Taquaruçu, que tinham destruído completamente, as tropas cercam e atacam Caraguatá, mas aí o desastre é total. Fogem em pânico perseguidos pelos revoltosos. Esta nova vitória enche os contestadores de ânimo. O fato repercute em todo o interior, trazendo para o reduto ainda mais pessoas com interesses afins, mas também atinge em cheio ao governo e aos órgãos legalmente constituídos.

Como cada vez mais pessoas engajavam-se abertamente ao movimento, piquetes foram formados pelos fiéis para o arrebanhamento de animais da região a fim de suprir as necessidades alimentícias do núcleo de Caraguatá. São então fundados os redutos de Bom Sossego e São Sebastião. Só neste último se aglomeravam cerca de 2.000 pessoas.

Além de colocar em prática técnicas de guerrilha para a defesa dos ataques do governo, os fanáticos passaram ao contra-ataque. Em 2 de setembro, lançaram um documento que intitulou-se "Manifesto Monarquista", deflagrando-se, a partir de então, o que chamavam de a Guerra Santa, caracterizada por saques e invasões de propriedades de coronéis e por um discurso que exigia pobreza e cobrava exploração ao máximo da República.

Invadiam as fazendas dos coronéis tomando para si tudo o que precisavam para suprir as necessidades do reduto. Além disso, amparados nas vitórias que tiveram, atacaram várias cidades, como foi o caso de Curitibanos, onde os alvos eram invariavelmente os cartórios, locais onde se encontravam os registros das terras que antes a eles pertenciam. Não bastasse isso, num outro ataque na localidade de Calmon, destruíram completamente a segunda serraria da Lumber, uma das empresas que vieram de fora para explorar a madeira da faixa de terra de 30 quilômetros (15 quilômetros de cada lado) às margens da ferrovia.

O controle começa a mudar de lado

Com a ordem social cada vez mais caótica na região, o governo central designa o general Carlos Frederico de Mesquita, veterano de Canudos, para comandar uma ação contra os rebeldes. Inicialmente tenta, sem êxito, um acordo para dispensar os revoltosos; a seguir ataca duramente Santo Antônio, obrigando os rebeldes a fugir. O reduto de Caraguatá, que antes vira as tropas do governo fugirem perseguidas por revoltosos, tem agora de ser abandonada às pressas pelos mesmos revoltosos devido a uma grande epidemia de tifo. Considerando, equivocadamente, dispersos os revoltosos, o general Mesquita dá a luta por encerrada.

Mas a calmaria terminaria logo. Os revoltosos rapidamente se reagrupam e se organizam na localidade de Santa Maria, interior norte do município de Lebon Régis, intensificando os ataques: tomam e incendeiam a estação de Calmon; dizimam a vila de São João (Matos Costa), atacam Curitibanos e ameaçam Porto União da Vitória, cuja população abandona a cidade em desespero.

Placa no local onde, em janeiro de 1914, o exército brasileiro construiu o Campo da Aviação de Rio Caçador.

Os boatos chegam até Ponta Grossa e dizem que os revoltosos e seu exército pretendem marchar até o Rio de Janeiro para depor o Presidente. Os rebeldes já dominam, nesta altura dos acontecimentos, cerca de 250 km² da região do Contestado.

O governo federal joga uma outra, e ainda mais dura, cartada: nomeia o general Fernando Setembrino de Carvalho para o comando das operações contra os Contestadores. Este chega a Curitiba em setembro de 1914, chefiando cerca de 7.000 homens, com ordes de sufocar a rebelião e pacificar a região a qualquer custo. Sua primeira providência foi restabelecer as ligações ferroviárias e guarnecer as mesmas de novos ataques.

Nas proximidades da ferrovia, o exército brasileiro construiu o Campo da Aviação de Rio Caçador, onde hoje existe o município homônimo. Como apoio de operações de guerra, pela primeira vez na história da América Latina foram usados dois aviões para fins de reconhecimento. Em um acidente durante as operações, morreu o Capitão Ricardo Kirk, primeiro aviador militar do Brasil.

Astutamente, Setembrino enviou um manifesto aos revoltosos no qual garantia a devolução de terras para quem se entregasse pacificamente. Garantia também, por outro lado, um tratamento hostil e severo para quem resolvesse continuar em luta contra o governo.

Mudança de estratégia

Com o passar do tempo, general Fernando Setembrino de Carvalho adotou uma nova postura de guerra, evitando o combate direto, que era o que os revoltosos esperavam e para o que estavam se preparando, optando, pelo contrário, por cercar o reduto dos fanáticos com tropas por todos os lados, evitando que entrassem ou saíssem da região onde estavam. Para isto, o general dividiu seu efetivo em quatro alas com nomes dos quatro pontos cardeais e, gradativamente, foi avançando e destruindo qualquer resistência que encontrasse pelo caminho.

Com esta nova estratégia, rapidamente começou a faltar comida nos acampamentos dos revoltosos. Isto teve como conseqüência imediata a rendição de dezenas de caboclos. Contudo, a maioria dos que se entregavam eram velhos, mulheres e crianças - talvez uma contra-estratégia dos fiéis para que sobrasse mais comida aos combatentes que ficaram para trás e que ainda defenderiam a causa.

Marcos históricos da Guerra do Contestado. (Museu do Contestado)

Neste ponto da guerra do Contestado, começa a se destacar a figura de Deodato Manuel Ramos, vulgo "Adeodato", considerado pelos historiadores como o último líder dos Contestadores. Adeodato transfere o núcleo dos revoltosos para o vale de Santa Maria, que contava ainda com cerca de 50.000 homens. Só que aí, à medida que ia faltando o alimento, Adeodato passa a revelar-se cada vez mais autoritário, não aceitando a rendição. Aos que se entregavam, aplicava sem dó a Pena de morte.

Cerco fechado, sem pressa e deixando os revoltosos nervosos lutarem contra si mesmos, em 8 de Fevereiro de 1915 a ala Sul, comandada pelo tenente-coronel Estillac, chega a Santa Maria. De um lado as forças do governo, bem armadas, bem alimentadas, de outro, rebeldes também armados, é verdade, mas famintos e sem ânimo para resistir muito tempo. A luta inicial é intensa e, à noite, o tenente-coronel ordena a retirada, afinal, já contabilizara só no seu lado 30 mortos e 40 feridos. Novos ataques e recuos ocorreram nos dias seguintes.

Em 28 de março de 1915,o capitão Tertuliano Potyguara parte da vila de Reinchardt com 1.085 homens em direção a Santa Maria, perdendo só em emboscadas durante o trajeto, 24 homens. Depois de vários confrontos, num deles Maria Rosa, a líder espiritual dos rebeldes, morre às margens do rio Caçador. Em 3 de abril, as tropas de Estillac e Potyguara avançam juntas e ordenadas para o assalto final a Santa Maria, onde restavam apenas alguns combatentes já quase mortos pela fome.

Em 5 de Abril, depois do grande assalto a Santa Maria, o general Estillac registra que "tudo foi destruído, subindo o número de habitações destruídas a 5.000 (...) as mulheres que se bateram como homens foram mortas em combate (...) o número de jagunços mortos eleva-se a 600. Os redutos de Caçador e de Santa Maria estão extintos. Não posso garantir que todos os bandidos que infestam o Contestado tenham desaparecido, mas a missão confiada ao exercito está cumprida". Os rebeldes sobreviventes se dispersaram em muitas cidades.

Em dezembro de 1915 o último dos redutos dos revoltosos foi devastado pelas tropas de Setembrino. Adeodato fugiu, vagando com tropas no seu encalço. Conseguiu, no entanto, escapar de seus perseguidores e, como foragido, ficou ainda 8 meses escondendo-se pelas matas da região. Mas a fome e o cansaço, além de uma perseguição sem trégua, fizeram com que Adeodato se rendesse. Encerrava-se então, em agosto de 1916, com a prisão de Adeodato, a Guerra do Contestado.

Adeodato foi capturado e condenado a 30 anos de prisão. Entretanto, em 1923, 7 anos após ter sido preso, Adeodato é morto pelo próprio diretor da cadeia numa tentativa de fuga.

Estatísticas do confronto

Alguns antecedentes e precedentes

  • Ação judicial de Santa Catarina contra o Paraná em 1900, por limites
  • Decisões judiciais do STF pró-Santa Catarina em 1904, 1909 e 1910
  • Revolta do ex-maragato Demétrio Ramos na zona do Timbó, em 1905 e 1906
  • Construção da Estrada de Ferro São Paulo–Rio Grande, de 1908 a 1910
  • Criação dos municípios de Canoinhas, Itaiópolis e Três Barras em Santa Catarina, e de Timbó no Paraná.
  • Instalação da Southern Brazil Lumber & Colonization em Calmon (1908) e em Três Barras (1912)
  • Construção do Ramal de São Francisco, a partir de 1911
  • 1911: Revolta do ex-maragato Aleixo Gonçalves de Lima em Canoinhas
  • 1910-1912: Questão de terras da fazenda Irani e da Cia. Frigorífica e Pastoril
  • Combate no Banhado Grande, em Irani, em outubro de 1912
  • 1911: Escrituração de glebas de terras devolutas do Contestado para a EFSPRG
  • Disputas pela exploração dos ervais - concessões de Estados e Municípios
  • Vendas suspeitas de terras no Contestado, do Estado para especuladores – bendegós
  • Disputas eleitorais entre os coronéis da região pelos domínios políticos nos municípios
  • Espírito guerreiro do Caboclo Pardo (Revolução Farroupilha e Revolução Federalista)
  • Religiosidade: messianismo, misticismo e fanatismo da população cabocla
  • Ideologia nacionalista – civilismo na República – reestruturação do Exército

Mais dados importantes

  • Início da Guerra: outubro de 1912
  • Tempo da Guerra: 46 meses (out/1912 a ago/1916)
  • Auge da Guerra: Março-abril de 1915, em Santa Maria, na Serra do Espigão
  • Final da Guerra: Agosto de 1916, com a captura de Adeodato, o último líder do Contestado
  • Combatentes militares no auge da Guerra: 8.000 homens, sendo 7.000 soldados do Exército Brasileiro, do Regimento de Segurança do Paraná, do Regimento de Segurança de Santa Catarina, mais 1.000 civis contratados.
  • Exército Encantado de São Sebastião: 10.000 combatentes envolvidos durante a Guerra.
  • Baixas nos efetivos legalistas militares e civis: de 800 a 1.000, entre mortos, feridos e desertores
  • Baixas na população civil revoltada: de 5.000 a 8.000, entre mortos, feridos e desaparecidos
  • Custo da Guerra para a União: cerca de 3.000:000$000, mais soldados militares
  • A Guerra do Contestado durou mais tempo e produziu mais mortes que a Guerra de Canudos, outro conflito semelhante em terras do Brasil.
  • Em cinco anos de guerra, 9 mil casas foram queimadas e 20 mil pessoas mortas.

Algumas conseqüências imediatas

  • 20 de Outubro de 1916: Assinatura do Acordo de Limites Paraná-Santa Catarina, no Rio de Janeiro;
  • 7 de Novembro de 1916: Manifestações nos municípios do Contestado-Paranaense contra o acordo;
  • De maio a agosto de 1917: Sublevação popular no Contestado-Paranaense, pró Estado das Missões;
  • Maio e junho de 1917: Ascensão e assassinato do monge Jesus Nazareno;
  • 3 de Agosto de 1917: Homologação final do Acordo de Limites;
  • Setembro de 1917: Instalação dos municípios de Mafra, Cruzeiro, Xapecó e de Porto União;
  • 1918: Reinício da colonização no Centro-Oeste Catarinense, por empresas particulares;
  • Janeiro e maio de 1920: Revolta política em Erval e Cruzeiro;
  • Março de 1921: Revolta de caboclos contra medição de terras, entre Catanduvas e Capinzal.


Trabalhos sobre o conflito

Literatura

  • VASCONCELLOS, Aulo Sanford. Chica Pelega. Florianópolis: Insular, 2002.
  • VASCONCELLOS, Aulo Sanford. O Dragão Vermelho do Contestado. Florianópolis: Insular, 2000.
  • SCHÜLER, Donaldo. Império Caboclo. Porto Alegre: Movimento, 1994.
  • lançamento da Record previsto para início de 2009: Contestado - a guerra dos equívocos, primeiro volume: O poder da fé. Autor Walmor Santos

sábado, 4 de abril de 2009

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